Solar- Adélia Prado



Minha mãe cozinhava exatamente
arroz, feijão-roxinho,
molho de batatinhas.
Mas cantava.

Adélia Prado
























Comentários

Sintetiza um universo pasado - comum a muitas pessoas -, e com isso emociona agradavelmente. E o mais genial é que as palavras utilizadas são poucas e simples.
Anónimo disse…
Brbrbrbrbbrbrbrbbrbrrbrbrbbbrbrbrrbrbrbr r rbrbrbrbrbrbrbrvrvrvrbrbrbrbrbrbrbrbrbrbrrbr r

Em nome de Adélia Prado e da poesia, obrigada.
Normalmente não respondo, nem edito comentários de mau gosto. Este revela uma leitura poética ignorante. Nem todos podem gostar do mesmo mas entre o desapreciar e gostar existe algo que se chama respeito. Empatia é o que lhe falta ao ler poesia. Talvez lhe falte também em relação aos que o(a) rodeiam. Aprenda a ler o que não é visívil aos seus olhos e verificará o quanto a sua alma irá absorver. Desejo-lhe as maiores felicidades do mundo.
Anónimo disse…
grande poema realmente kkkkkkkkkkk
Zelândia disse…
Minha mãe sempre cozinhou, e a inda cozinha, em fogão à lenha, muita comida, muito trabalho, muito suor. Dentre os sofrimentos do patriarcado, ela cantava, e ainda canta, pra aliviar a alma tão sofrida, pois chorar já chorou bastante. "Aprenda a ler o que não é visível aos seus olhos", perfeito, Fernanda. Este poema carrega tanta história, mas é preciso lê-la nas entrelinhas... e com a alma!
Exatamente Zelândia. Este pequeno poema abrange muito da realidade de muitas famílias. Grata pelo seu comentário e apreciação.
Simples assim... "Cada um lê com os olhos que tem. E interpreta a partir de onde os pés pisam. Todo ponto de vista é a vista de um ponto." Leonardo Boff
Lindo este poema a a sutileza do amor nos pequenos gestos!
Obrigada pela sua visita e comentário. Concordo plenamente!