Naquela aldeia velhinha,
Numa casa degradada,
Nasceu uma criancinha,
Da riqueza, deserdada.
Fazia pena ver o menino
Tão pobre como ninguém,
Desde o dia em que o destino
Lhe deu a vida sem vintém.
Em Dezembro, por sinal,
Uma carta quis escrever,
Para o velho Pai Natal,
Uma prenda lhe trazer.
Feliz nos seus devaneios,
Até dava gosto vê-lo,
Saltitando prós correios
Sem ter dinheiro pró selo.
Mas de lá voltou chorando
Sem a carta poder mandar
E no caminho foi pensando,
Pedir a Deus pró ajudar.
Entrando em casa rezou
Uma oração de esperança
E uma luz divina entrou
No seu peito de criança.
O milagre veio a surgir
Nessa noite Celestial;
Bateram à porta, foi abrir,
Estava lá o Pai Natal! …
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