Pelas mãos escritas em palavras
Sentimentos de pensamentos desfiados…
Dispo a alma em poesias desvendadas
Expondo-as sem temer trilhos apagados
Mostro meu corpo desnudado da vida
Á luz de estrelas penduradas ao anoitecer…
Faço voos nas memórias de cabeça erguida
E elevo a falta das asas que descubro não ter
A noite vagueia em gélido sepulcro de lamento
Em controversas rajadas de vento forte…
Tempestades que caminham no meu tormento
Felicidade que foge apressada sem norte
Transporto na âncora da pequena canoa
Tamanhas facetas, sonhos e segredos…
Remo contra correntes que deslizam á toa
Afogando revelações desertas de medos
Venho á tona com o ato de poetizar
Fazendo-me transportar para lá do infinito…
Espanto fantasmas que teimam em assombrar
Os meus egos, abortados por um grito
Grito que urge num som abafado pelo amor
Perfumando palavras que afastam a morte…
Num silêncio ensurdecedor da minha dor
Enfrento vingar o mal…mas com melhor sorte!
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Moisés Correia
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