De corpo inclinado andando de sacola
Pedinte da rua de pão e de cobre,
Rasgado nas vestes velhinhas de pobre
Peleja na vida o sabor da esmola.
Com os seus sapatos nus sem resteas de sola,
Vai pedindo o pão a alguém que lhe sobre
E é depois de ouvir uma resposta tola,
Que o seu coração se torna mais nobre.
É uma alma pura mostrando as suas dores
Que de porta em porta procura sobreviver,
É um envolvido por muitos dissabores.
Ele é para alguns o seu esquecer
Quando todos sabemos que viver de favores
É o que muitos fazem sem ter que sofrer.
Eduardo Mesquita
Comentários
Abraços, comprimentos.
Deixe-me acrescentar...
Se todos os que vivem de favores passassem a pedintes, não se poderia mais circular nas ruas, mas paciência, o Mundo é assim...infelizmente.
RAMA LYON