O sol acende a tímida luz do dia
E embarco na viagem que nunca faço…
Abraço manhãs no ceio da chuva fria
Desbravo os ventos em trilhos do acaso
Atravesso longos dias em silêncio
Com os lábios secos pela vida…
Rego esperanças largadas no bom senso
Roço contornadas esquinas em ferida
Alagados são os dias a meus olhos
Em que mergulho nas vagas do universo…
Deambulo avenidas cheias, aos molhos
Esbarro no diverso mundo controverso
A dolência cai no meu alto parapeito
E envio missivas de desespero aos céus…
Rasgo horizontes inundados por defeito
Atraco nas margens dos magistrados réus
Bato portas nas forças do meu pensar
E luto nas margens dos penhascos…
Tenso negrume saqueia á lua o luar
Espinhos que esfacelam pensamentos vastos
Se não mudar o que faço hoje, o amanhã será igual
É o lema pelo qual luto e sempre lutarei…
Enfrentarei mesmo só, esta batalha desigual
E com a arma certa, sempre, sempre… vencerei!
Moisés Correia
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