Quantos pensamentos se perdem no vazio
Oriundos incólumes de uma reflexão
Quantas lágrimas perdidas na imensidão
Saciam as dores deste meu peito frio.
Esta vil frieza que reside no meu coração
Traga nesta vida tudo o que eu crio
Frutos arrastados por um imenso rio
Que corre veloz sem ter direcção.
Este palpitar de ténues friezas
Rodeia o meu ser, o meu desespero
Tornando as minhas mágoas ainda mais lesas.
Esta melodia triste, este triste bolero
Soa nos meus ouvidos as únicas certezas
Vou chegar ao fim...assim o espero.
1979
Eduardo Mesquita.
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