Hoje a chuva cai, dormente, na areia,
ouvem-se uns ruídos estranhos no ar,
é o fim de tarde, tristonho na aldeia,
que a praia cobiça, soltando-se ao mar.
Um barco de faina, vem a ancorar,
e nas suas gentes percebe-se a ideia,
mais um duro dia acabou de passar,
agora é o descanso, na hora da ceia.
E nos seus duros corpos de afa, alagados,
cai a chuva incolume, de forma singela,
tornando-os mais fortes, e realizados.
Que dura aquela vida, que eterna cela,
e eu aqui tao calmo, olhando-os cansados,
por entre os vidros limpidos da minha janela.
Eduardo Mesquita.
Este poema foi escrito em Setubal quando eu tinha 17 anos e foi a primeira vez que vi o mar , numa tarde de chuva.
Comentários
Texto belo.
tenha um bom dia linda.....
bjooosss
Um abraço
RAMA LYON