Toda a noite deambulei pela cidade
Em escuros pensamentos que não te encontraram
Por vielas estreitas meus olhos choraram
Pela tua imagem perdida com saudade.
Por Abril roguei aos deuses que me abandonaram
Num silêncio sepulcral sem liberdade
Perdi a noção do tempo e perdido na idade
Vagueei na perdição dos que nunca amaram.
De tantos que encontrei me senti igual
Aos que sem amarem vivem sem lamentos
Fui mais um a viver num mundo irreal.
Sequei as lágrimas num vale de tormentos
Regressei aos tempos onde todo o meu mal
Se escrevia em mim, em todos os momentos.
Eduardo Mesquita
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