Ainda o sol não despontou
A dar vida à paisagem,
Já o pastor encaminhou
O rebanho prá pastagem.
Segue o ditado de outrora
Como seu pai já dizia,
Ser ao romper da aurora
Que começa um novo dia.
Leva às costas o cajado
Em madeira de castanho
Com que vai guiando o gado
Na traseira do rebanho.
E seu cão, sempre atento,
A qualquer rês tresmalhada,
Vai na frente, rabugento,
Com a cauda levantada.
Quando chegam ao destino
Tudo fica em calmaria,
O rebanho põe-se fino
A pastar durante o dia.
À noite volta de novo
Com a graça do Senhor,
Como bom filho do povo
Que optou em ser pastor.
No curral descansa o gado
Com o cão por companhia
E até mesmo o cajado
Fica à espera dum outro dia.
Comentários
Gostei muito de ter posto em pormenor o cajado, o unico apoio de uma vida laboriosa e que sempre acompanha o pastor.
Um abraço.
Eduardo.