Imaculadas as noites que me fazem escrever
Mesmo que de dores falem até de manhã
São momentos de ouro, são um talismã,
São noites que o não seriam, sem sofrer.
São rumores antigos de uma alma sã
Desde uma adolescência que me viu crescer
São palavras que não tive que aprender,
Nasceram no meu berço numa colcha de lã.
São as tristezas, magias que me acompanham
Fieis companheiras que eu tanto desejo
Tão minhas , que nem as minhas mágoas estranham.
São tudo o que tenho e só nelas eu vejo
As dores que na minha alma se entranham
Quando o meu amor é negado num ensejo.
Eduardo Mesquita.
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