O paraíso do amor eterno!



Batiam leves e suaves, as ondas num fim de mar
A gaivota caminhava parecendo não saber voar
Num fim de dia, onde o sol se escondia…
No limiar da noite, a lua chegou como o vento
Um velho penedo cedeu-me seu assento
E ali sentei-me nesse silêncio que me envolvia!


Adormeci meus olhos, libertei meu peito
Hás palavras que voavam caladas e sem jeito
Soltas num céu de sonhos, minhas emoções…
Instantes depois, ouvi um eco inconfundível
Resposta que sorrindo, vinha em timbre irresistível
No mesmo tom em que canto minhas canções!


Meu rosto espelhou o mais puro sentimento escondido
No teu, o reflexo do sorriso que pensara ter perdido
Reflectindo na minha alma, o olhar da eternidade…
Acenei-te com um gesto… mas muitos mais tentei
Quando vi que com iguais gestos, me acenavas também
Como se fossemos um só… o sonho da verdade!

Então estendi minha mão, diante aos olhos da lua
Minha boca vestiu-se de desejo para beijar a tua
Tentando tocar teu rosto do modo mais meigo e terno…
Mas por ti fui surpreendido e tocado primeiro
Ficando a saber e sentindo nesse instante verdadeiro
Como se pode viver em vida… o paraíso do amor eterno!


-Moisés Correia-


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