Lívido, procuro desvendar os segredos que falam,
num discurso directo que se desfaz num abismo.
Qual sismo do Haiti, qual glória de Homero,
são apenas segredos que falam.
Falam de descalabros, dos nadas que querem dizer muito,
dos amores que passam sem dizer adeus...eternos amores.
Quem acredita no amor? Eu, que o sinto!
Quem não acredita no amor? Não sei.
Talvez o poeta do amor, que escreve de tudo,
menos de amor...segredos que falam, lágrimas vertidas num palco ignorante...
Lívido, procuro deesvendar, não sei o quê...
Talvez tudo , menos os segredos que o não são.
Eduardo Mesquita.
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Lindo texto!