Alfredo Pedro Guisado (Lisboa, 30 de Outubro de 1891 - 2 de Dezembro de 1975) foi um poeta e jornalista português. Foi um poeta português de ascendência galega. Formou-se em 1921 na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e em 1922 entrou para a Associação dos Arqueólogos Portugueses. Foi militante do Partido Republicano Português, colaborou no Debate e foi sub-director do jornal República que junto com o Diário de Lisboa, constituía um dos órgãos da oposição possível a Salazar. Foi um dos colaboradores da Revista Orpheu, fazendo parte do seu primeiro núcleo e colaborou no primeiro número com uma série de treze sonetos. Desempenhou vários cargos político-administrativos, entre os quais o de governador civil de Lisboa.
Estreou-se como poeta publicando um volume de versos intitulado Rimas da Noite e da Tristeza, em 1913. Nada fazia prever que o autor dessas rimas, de sentido anedótico e ingénua concepção, viesse a adoptar, em pouco tempo, um estilo perfeitamente antagónico do aquele que caracterizou os versos da sua estreia.
Alfredo Guisado também escreveu poesia usando o pseudónimo de Pedro de Meneses. No entanto, Pedro de Meneses, apesar de se assemelhar a Fernando Pessoa na tentativa de duplicação da personalidade, seguia de perto a imagética e o estilo Sá Carneiro, adoptando-lhe, inclusivamente, o vocabulário, as imagens, os giros estilísticos, a misteriosa e secreta maiusculação das palavras chaves (tal como Mim, Forma, entre outras), os verbos intransitivos com complemento e a formação de palavras compostas. Pedro de Meneses exprime, com aplicação, um aspecto metódico do modernismo e, quando mais tarde volta a recuperar o seu nome verdadeiro, ), encontra-se de novo voltado para o velho saudosismo.
Pedro Guisado foi um poeta heráldico que cultivava uma imagem luxuosa e aristocrática. Faleceu em Lisboa que lhe dedicou o nome de uma das suas ruas em Benfica
Comentários
Como sempre belas escolhas, poemas belissimos.
Beijinhos
Sonhadora