Promessa- Maria Helena



Depois, verás! O vento há-de cantar
estranhas melodias ignoradas
e a tona verde, líquida do mar,
há-de encher-se de rosas encarnadas.

O sol será mais sol, mais tutelar
a aquecer terras frias, mãos geladas,
e os vôos hão-de erguer-se pelo ar
no encantamento de asas libertadas.

Depois verás! Nem cruzes nem espinhos!
E há-de haver água em todos os caminhos
e em cada sombra o riso de um lampejo.

Há-de crescer o bem, secar o mal,
quando eu florir teus lábios de mortal
com a imortalidade do meu beijo!

Maria Helena



Comentários

Minha querida Fernanda
Que belo poema...adorei.
Deixo o meu carinho e um beijinho.

Sonhadora