Na Primavera, a Árvore
era um ninho de folhas palpitantes
como pequenas asas verdes.
No Estio,
cobria-se de flores, cada ramo
era um jardim suspenso.
Vinha depois o Outono. As flores mortas
eram leito de pássaros. As folhas
partiam, esvoaçando,
tal borboletas de oiro.
Por fim, o Inverno; em vez de folhas,
braços nus, troncos mortos,
desolada solidão.
Mas um dia...
Um dia a Primavera
voltou com as suas folhas palpitantes
como pequenas asas verdes.
O Estio,
com as suas flores,
com os seus jardins suspensos.
O Outono, com os seus pomos
e as borboletas de oiro
das suas folhas a dançar ao vento.
O Inverno com os seus musgos,
seus descamados braços nus.
Mas a Árvore
a bela Árvore era sempre a mesma
na sua ilimitada confiança.
Foi então que aprendi,
da Árvore, a lição:
A vida é uma longa paciência
e uma longa esperança.
Fernanda de Castro
era um ninho de folhas palpitantes
como pequenas asas verdes.
No Estio,
cobria-se de flores, cada ramo
era um jardim suspenso.
Vinha depois o Outono. As flores mortas
eram leito de pássaros. As folhas
partiam, esvoaçando,
tal borboletas de oiro.
Por fim, o Inverno; em vez de folhas,
braços nus, troncos mortos,
desolada solidão.
Mas um dia...
Um dia a Primavera
voltou com as suas folhas palpitantes
como pequenas asas verdes.
O Estio,
com as suas flores,
com os seus jardins suspensos.
O Outono, com os seus pomos
e as borboletas de oiro
das suas folhas a dançar ao vento.
O Inverno com os seus musgos,
seus descamados braços nus.
Mas a Árvore
a bela Árvore era sempre a mesma
na sua ilimitada confiança.
Foi então que aprendi,
da Árvore, a lição:
A vida é uma longa paciência
e uma longa esperança.
Fernanda de Castro
Comentários
Obrigada por nos oferecer aqui mais um belo poema da Fernanda de Castro.
Podemos sim, aprender com as árvores que:
"A vida é uma longa paciência
e uma longa esperança."
As árvores encantam-me.
Chego, paro, olho-as, sorrio-lhes e converso com elas.
Ainda bem que vivo numa zona onde há muitas.
Um abraço
viviana