Poema de criança- Rama Lyon


Quando é nova uma criança
Nem sequer chega a pensar
Naquela triste herança
Que este Mundo lhe vai dar.

Inocente, vai brincando,
Entre as ruínas duma guerra
Onde os homens vão matando
Pouco a pouco a sua Terra.

Mas um dia vai dar conta
Da miséria que consome,
Quem não tem a mesa pronta
Para à noite matar a fome.

Com firmeza vai pedir
Ao mortífero canhão,
Que em vez de balas atire
Uns pedacinhos de pão.

Eu tenho quase a certeza
Que ninguém se vai ralar
E os senhores da grandeza
Vão prosseguindo a brincar.

Tanta gente a padecer
Por esse Mundo inteiro,
Tanta gente sem comer,
Mas prá guerra…há dinheiro.

Meus senhores deste planeta,
Parem lá com as ‘‘matanças’’,
E que mais ninguém cometa
Maus-tratos sobre as crianças




Comentários

Viviana disse…
Olá Fernanda

Muito belo,este poema do amigo Rama Lyon.

É um homem de uma extrema sensibilidade.

Quem assim escreve...

Obrigada pela partilha.

Uma boa noite, amiga

Um beijo

viviana
Em nome do meu amigo Rama Lyon, obrigado Viviana!