Te amo tanto amor, que foi que eu fiz,
para viveres nessas dúvidas infindaveis,
para nos teus desassossegos interminaveis,
veres maiores verdades, que as que o meu amor te diz.
Verdades as tuas, à verdade, tão vulneraveis,
que na noite semeias e crescem sem raíz,
são como sentenças proclamadas por um juíz,
onde as mentiras são verdades imperdoaveis.
Te amo tanto, meu amor, muito mais além,
que o amor que todos os amantes já viveram,
muito para lá, do teu amor, também.
De tanto te amar, meus olhos, de ver se esqueceram
e nesta cegueira de não querer ver mais ninguém,
feliz te vou amar na luz, que os teus olhos me deram.
Eduardo Mesquita.
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