No silêncio desta madrugada cristalina,
de novo ouvi a tua voz por mim a chamar,
e sinto que não foi em vão, tanto esperar,
pelo sorriso que nesta hora me ilumina.
Luz, que só o teu rosto pode exalar,
tão refulgente, que no meu bate e fascina,
como uma guitarra que nunca desafina,
quando num fado, o amor se está a tocar.
Quando uma vela acesa num jantar
nos oferece com tão pouca luz, toda a claridade,
sonhamos que bordamos beijos a namorar.
E saboreamos a confidente tranquilidade,
do nascer do sol que está para chegar,
neste momento singular de felicidade.
Eduardo Mesquita.
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