...Maria corre para o telefone,
o parto estava para chegar,
diz aflita o seu nome
para que alguém a viesse buscar,
porque José o seu homem,
teve que ir trabalhar.
A ambulância chegou,
e Maria já preparada,
numa maca se deitou
e um pouco angustiada
no seu José pensou,
por não lhe poder dizer nada.
Mil pensamentos lhe ocorreram,
o filho que estava para nascer,
os animais que ainda não comeram,
o almoço por fazer,
e os vizinhos que não souberam,
que o filho ia ter.
E a ambulância partiu,
a caminho do hospital
e Maria as dores sentiu,
tendo então o sinal,
que a hora do parto surgiu,
antes que o que seria normal.
E o enfermeiro presente,
ajudou assim a nascer,
um ser que naturalmente,
não quis a hora escolher,
nem sequer um lugar quente,
com palhas para o aquecer.
E Maria então sorriu,
mesmo sem José ao lado,
e com um manto cobriu,
que alguém lhe tinha emprestado
o menino, que assim descobriu
o mundo, sem um presente dado.
Nem um rei , nem um pastor,
nem um anjo celestial,
nem uma estrela com resplendor,
nem de prendas um sinal...
Mas viu com muito amor,
nos seus braços...o Natal.
Eduardo Mesquita.
Comentários
"o menino, que assim descobriu
o mundo, sem um presente dado."
creio que este menino possa representar nosso presépio vivo!
abraços do amigo
Um poema lindo...um hino de amor, adorei.
Beijinhos com carinho
Sonhadora
A ideia de natal deve estar sempre ligada a um momento de felicidade sem ligar a condicoes.
grato por interpretar tao bem a minha ideia.
Eduardo
O seu poema, como sempre, está maravilhoso.
BOM NATAL
António e Cidália