Sonho, vigília, noite, madrugada?
Um a um, desfolhei os sete véus,
e adormecido o corpo, a alma acordada,
um a um, escalei os sete céus.
Sem limites de tempo nem espaço,
quanto tempo durou minha viagem?
Andei mundos sem dor e sem cansaço,
ficou, em meu lugar, a minha imagem.
Agora, de regresso, cumpro a pena.
Tudo esqueci dessa abismal distância
mas algo é diferente: volto à arena
com uma nova inocência, um gosto a infância.
Serena, com uma paz desconhecida,
aceito, sem revolta, a humana sorte:
viver, da Vida, esta pequena vida,
morrer, da Morte, esta pequena morte.
Um a um, desfolhei os sete véus,
e adormecido o corpo, a alma acordada,
um a um, escalei os sete céus.
Sem limites de tempo nem espaço,
quanto tempo durou minha viagem?
Andei mundos sem dor e sem cansaço,
ficou, em meu lugar, a minha imagem.
Agora, de regresso, cumpro a pena.
Tudo esqueci dessa abismal distância
mas algo é diferente: volto à arena
com uma nova inocência, um gosto a infância.
Serena, com uma paz desconhecida,
aceito, sem revolta, a humana sorte:
viver, da Vida, esta pequena vida,
morrer, da Morte, esta pequena morte.
Fernanda de Castro
Laços de Poesia presta homenagem a Fernanda de Castro que nasceu a 9 de Dezembro de 1900 e faleceu a 19 de Dezembro 1994. Recordar esta grande poetisa é prestar homenagem à poesia.
Se gosta de Fernanda de Castro visite: *fernanda-decastro.blogspot.com/
Comentários
Fernanda de Castro viveu tão enormemente a sua vida, que mais enorme a torna quando a intitula de pequena, neste belissimo poema. Ironicamente posso afirmar, que pequenos são os poetas que vivem assim tão grandemente.
Eduardo Mesquita
Hoje passando para agradecer o carinho de sempre e desejar um Natal Feliz, com muito amor e paz, junto de todos os que te são queridos.
Beijinhos com carinho
Sonhadora
abraços