Fatalidade,
Será ingenuidade?
Não, não… É mais falta de credibilidade,
Falta sinceridade
Para chegar à tal felicidade.
E a nossa serenidade?
Amor, carinho e fraternidade,
Teimam em virar falsidade.
Prazer… Vontade…
Quase sempre é quase nada,
Quase nunca é quase tudo,
E quase que por um fio
Quase chega a ser o meu mundo.
Essas plateias,
São estilo prisões desventradas de preconceito,
Mas eu não aceito
Quem nelas escarnece sem preceito,
Perfeito? Jamais!
Mas ainda assim estou satisfeito,
De alguma forma virei a ser o eleito,
Ou não fosse eu este sujeito,
Se não gozasses tu de tanto jeito
Talvez eu vertesse para suspeito.
É certo que engrandeci neste jardim
E surgi para ser assim,
Embora ainda me esconda no minúsculo camarim,
Será por desconfiar o frenesim?
Nesta rima tudo tem um fim…
Quem pode amar por mim?
Nuno R. Alfama
Quem pode amar por mim?
Nuno R. Alfama
Comentários
Em primeiro lugar, um grande ''bravo'' para a qualidade do poema..filho de peixe sabe nadar.
Em segundo lugar, outro imenso ''bravo'' para a coordenadora deste blog, que para gosto de todos
nós,voltou à ribalta da poesia...SEJA BEM VINDA.
Um beijinho dos sempre amigos
António e Cidália
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Com amor...
Nesse tal jardim, crescem os sentimentos e experimentam-se sensações, divagam-se angústias e descobrem-se emoções, e em cada uma delas não se encontrarão apenas pétalas de flores, mas também seixos pontiagudos que podem ferir a alma. Não descubras neles a tal falsidade, mas sim um caminho mais ingreme que por ser inevitavel, nos dará mais prazer ultrapassar.
Foi para isso que foste eleito e eu sei que estás no caminho certo.
É um prazer ler o que escreves de uma forma tão abstrata e concisa.
Eduardo Mesquita
Fernanda