Cada um
Com seu segredo
Entrançado do medo
Os dedos um a um
Entrançados
Nas mãos do sentir
Os dedos enleados
Simetricamente emaranhados
Deixam permitir
Que contes os segredos
Entranhados os medos
Um a um e mais nenhum
E nesse encadeado
De dedos encanastrados
As mãos dadas a consentir
Que dedos medos e segredos
Possam ser contados
E assim consentir
Numa trança de dedos
As mãos do existir
Em arte mestria aptidão
Nos nós os relevos
Quase a fundir
Uma mão na mão
Ana Barbara Santo Antonio
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