Chão firme dos pés na areia fincados
O rosto parado diante do mar
As rochas qual convés de barcos fundeados
O cais das pedras em firme olhar
E além o farol espiga ondulante
Na seara das ondas balança a eternidade
Na prata da luz brilha o sol distante
O sal das águas com lágrimas de saudade
O pranto dos marinheiros no canto das sereias esquecidas
A eternidade além-mar à deriva do sentir
O desencanto de dias inteiros naufragados de tantas vidas
O mar paisagem de azul imensidão
Guia a viagem de quem chega a partir
Por mais que eterna e doce seja a solidão
...
musa
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