A VOZ E O ECO- Carlos Moreno

“...Um poeta não é um marceneiro.”. 

Sim.
A poesia quando digna e sincera,
Desperta-nos para bondades insubmissas,
Cria movimentos libertários
contra a mentira e a opressão,
Enlevando em nós a ilusão, a utopia
De uma revolta metafísica.
Não.
O verdadeiro poeta não vende
as suas palavras.
Expõe o seu pensamento
De renovados silêncios
No seu caminho em movimento.


Carlos Moreno


*Do livro: A VOZ E O ECO
A Voz e o Eco Nota do autor :

A presente obra estrutura-se do seguinte modo: A Voz, são frases retiradas do prefácio, escrito pelo próprio Guerra Junqueiro, do seu livro “A Velhice do Padre Eterno”, o Eco é o meu desenvolvimento poético a partir dessas mesmas frases.













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*PREFÁCIO
Ousou Carlos Moreno, com a sua sabedoria, dar à estampa a presente
obra poética, intitulada “A Voz e o Eco de Guerra Junqueiro”,
onde a beleza e a força da mensagem tocarão espíritos e corações.
Através dela, presta homenagem ao grande Escritor Transmontano
Abílio Guerra Junqueiro, natural de Freixo de Espada à Cinta,
onde nasceu em 1850.
Guerra Junqueiro dividiu o seu tempo entre a cidade e o campo,
procurando aí a busca pessoal do Universo.
Em toda a sua obra multifacetada, encontramos inicialmente um
homem virado para o circunstante, o imediato, a acção política e
posteriormente um homem voltado para o mundo interior, para os
sentimentos individuais, para o eterno e o divino.
Na sua obra “Os Simples”, onde o intimismo reina, “exalta os puros
e os humildes, traçando quadros bíblicos de singeleza, e através da alquimia
da imaginação poética eteriza a matéria e plasticiza o sonho”.
Por outro lado, Guerra Junqueiro em “Campo Santo” e “Eiras
ao Luar”, mostra-se discretamente atento ao simbolismo, através da
musicalidade, das harmonias vocálicas, da desarticulação do ritmo,
do valor puramente sugestivo e sensual dos símbolos.
Nesta breve sinopse de Guerra Junqueiro não podemos esquecer,
“Finis Patriae” – 1890 e “Pátria” – 1896, últimos documentos do
político, onde a sátira atinge o seu apogeu.
Nem Fernando Pessoa foi insensível ao talento de Guerra Junqueiro,
considerando “Pátria”, uma das maiores realizações da metafísico-
poética desde a grande Ode de Wordsworth.
É Guerra Junqueiro o Eco a que Carlos Moreno nesta sua obra,
procura com simplicidade e engenho dar Voz. Julgamos nós que de
forma conseguida.
Sendo Carlos Moreno, homem dado ao Esoterismo, conhecedor
dos princípios alquímicos, amante de regras e valores universais, não
esquece nos seus versos o Criador, a Terra, o Fogo, o Ar e a Água.
Fá-lo numa simbiose perfeita, na procura de um “Futuro mais
humano”, na “Construção do Templo”, para onde quer caminhar,
“sem trevas, num tempo de fé e com céu azul”.
Ler estes versos é caminhar para o aperfeiçoamento, respeitar o
princípio da Tolerância em relação às doutrinas religiosas e politicas,
pois ela está acima e fora das rivalidades que as dividem.
Carlos Moreno ousou… na certeza de que a sua “Voz” vai ter
“Eco” nos leitores.

Com um abraço.

Bragança, 11 de Novembro de 2004
Nuno Maia


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Comentários

``O verdadeiro poeta não vende
as suas palavras.´´- Gostei!
Unknown disse…
Magnifico, the best!