Augusto de Carvalho Rodrigues dos Anjos (Sapé, 20 de abril de 1884 — Leopoldina, 12 de novembro de 1914) foi um poeta brasileiro, identificado muitas vezes como simbolista ou parnasiano. Todavia, muitos críticos, como o poeta Ferreira Gullar, preferem identificá-lo como pré-modernista, pois encontramos características nitidamente expressionistas em seus poemas.
Filho de Alexandre Rodrigues dos Anjos e de Córdula de Carvalho Rodrigues dos Anjos, o poeta ingressou no Liceu Paraibano em 1900, época em que escreveu o seu primeiro soneto: “Saudade”. No ano de 1903, Augusto dos Anjos ingressou na Faculdade de Direito do Recife, onde se formou, porém retornou à Paraíba e começou a lecionar Literatura Brasileira em João Pessoa. Em 1910, o poeta casou-se com Ester Fialho. Nesse mesmo ano, foi afastado do seu cargo de professor do Liceu Paraibano e mudou-se para o Rio de Janeiro, onde começou a lecionar no Colégio Pedro II.
A obra de Augusto dos Anjos é extremamente original, e o poeta é considerado um dos poetas mais críticos de sua época. As suas poesias trazem características marcantes de sentimentos de desânimo e pessimismo, além da inclinação para a morte. Estruturalmente, os poemas de Augusto dos Anjos apresentam rigor na forma e elevado conteúdo metafórico, sem ter apenas características simbolistas ou parnasianas. Por isso, Augusto dos Anjos pode ser considerado um poeta de transição. Utilizando-se de palavras consideradas estranhas e inadequadas, o poeta criou efeitos sonoros e rítmicos. Em sua obra, o poeta exprimiu o seu pessimismo, a angústia e a incerteza diante de um novo século. Outra característica bastante marcante de sua obra é a utilização de um vocabulário originário das Ciências Biológicas, tratando de temas como a morte e a decomposição da matéria, expressando, assim, uma visão trágica da existência.
Em 1912, publicou seu único livro de poemas, Eu.
Morreu no dia 12 de novembro de 1914, em Leopoldina (à dir.,o túmulo), onde era diretor de grupo escolar. Causa da morte: pneumonia.
Morreu no dia 12 de novembro de 1914, em Leopoldina (à dir.,o túmulo), onde era diretor de grupo escolar. Causa da morte: pneumonia.
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