Tenho vergonha da Humanidade!
Vi o revés da lógica,
Um mar desinteressado,
Uma criança morta.
O infortúnio de estar vivo,
De não saber porquê,
De ser criança,
Uma outra criança.
O sabor do sal,
O respirar a água.
Afogamento!
Fuzilamos com água,
Desmembramos com inércia,
Viramos a cara,
Com vergonha!
Falamos muito.
Falamos muito e,
Criticamos veementes,
Contra todos os outros,
Que somos nós.
Perdi as forças, na imagem.
Perdi a fé no futuro e,
Vivo globalizado,
Cru, frio e anedótico.
É o reverso da medalha,
Molde podre da moeda,
Cunhada até à exterminação.
Somos todos culpados!
Somos os eleitores que escolhem,
Com a podridão da indiferença.
Há imagens que ficam,
Quando somos crianças,
Quando amamos ilimitadamente,
Com a inocência devida.
Há imagens que ficam,
Quando falamos pouco,
Quando criticamos egocêntricos,
Com tanto grito desnecessário.
Há a imagem que fica,
De uma criança afogada,
De um mundo podre,
De uma raça maldita!
Morreu a inocência!
Carlos Lobato
Vi o revés da lógica,
Um mar desinteressado,
Uma criança morta.
O infortúnio de estar vivo,
De não saber porquê,
De ser criança,
Uma outra criança.
O sabor do sal,
O respirar a água.
Afogamento!
Fuzilamos com água,
Desmembramos com inércia,
Viramos a cara,
Com vergonha!
Falamos muito.
Falamos muito e,
Criticamos veementes,
Contra todos os outros,
Que somos nós.
Perdi as forças, na imagem.
Perdi a fé no futuro e,
Vivo globalizado,
Cru, frio e anedótico.
É o reverso da medalha,
Molde podre da moeda,
Cunhada até à exterminação.
Somos todos culpados!
Somos os eleitores que escolhem,
Com a podridão da indiferença.
Há imagens que ficam,
Quando somos crianças,
Quando amamos ilimitadamente,
Com a inocência devida.
Há imagens que ficam,
Quando falamos pouco,
Quando criticamos egocêntricos,
Com tanto grito desnecessário.
Há a imagem que fica,
De uma criança afogada,
De um mundo podre,
De uma raça maldita!
Morreu a inocência!
Carlos Lobato
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