Sei que estás aí.
Dá-me um sinal de corpo, inspirado
pelo mergulho fundo desta ânsia
de escrever-te.
Resvala a minha mão
um milímetro de sentir,
ao jeito da seda ou leve pena,
para que o meu verso atinja
a excelência do poema.
Responde-me provocando,
reage provocando-me
um tremor de brisa,
um voo de cílios,
um brilho fugaz
na alma dos olhos,
um risco de fogo
acendendo os lábios
num sorriso
-
parece tão pouco,
mas só isso é tudo
que de ti preciso.
Teresa Teixeira
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