Nestas mãos que outrora tanto escreveram,
a vida que nos abraçou e uniu tão fielmente,
guardo as palavras que digo silenciosamente,
como um tesouro que os meus lábios retiveram.
É nestas mãos que eu aperto fortemente
a força e a coragem que as tuas lutas me deram,
os teus poemas que na minha alma se escreveram,
o nosso passado, que no futuro estará presente.
Dentro destas mãos está guardada a maior verdade,
a de querer sentir sempre com mais vontade,
que as palavras mais belas ainda não foram escritas.
E quando um dia as minhas mãos eu soltar,
será para nas tuas, tu poderes sempre guardar
a beleza das palavras que nunca foram ditas.
Eduardo Mesquita
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