“O que eu quero principalmente é que vivam felizes.“
E pedi mais que tudo, uma coisa que eu costumo pedir aos meus alunos: lealdade. Lealdade para comigo e lealdade de cada um para cada outro. Lealdade a que não se limita a não enganar o professor ou o companheiro: lealdade activa, que nos leva, por exemplo, a contar abertamente a contar os nossos pontos ou a rir só quando temos vontade ( e então rir mesmo, porque não é lealdade deixar então de rir ) ou a não ajudar falsamente o companheiro.
“Não sou, junto de vós, mais do que um camarada um bocadinho mais velho. Sei coisas que vocês não sabem, do mesmo modo que vocês sabem coisas que eu não sei ou já esqueci. Estou aqui para ensinar umas e aprender outras. Ensinar, não: falar delas. Aqui e no pátio e na rua e no vapor e no comboio e no jardim e onde quer que nos encontremos.“
Não acabei sem lhes fazer notar “ que a aula é nossa “. Que a todos cabe o direito de falar, desde que fale um de cada vez e não corte a palavra ao que está com ela.
Sebastião da Gama
( Diário )
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