Eu me ramifico muito para além da bruma
Para que saibas
Que a nudez que vês
Já não é a minha
Eu só sorrio, eu já não grito,
Já não choro,
Sou abandono tranquilo neste anoitecer de mim.
Só pressinto que fui a imagem de alguém,
E há muito não habito aqui.
Acenas-me adeus da janela do quarto
Olho-te uma última vez
E do jardim dos meus exílios
Uma criança sorri.
© Célia Moura – (A publicar)
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