A noite se dissipa com glamour
e o plâncton emerge, banhando-se
num vasto manto de águas cristalinas
levando consigo a dor da partida.
Engole as tristezas e vomita as nevralgias
outrora cravadas em seus ligamentos.
Sons de piano exaltam o seu coração
e o mar estagna de emoção.
O sol, de mansinho, esconde-se da tristeza
e perde pelo caminho fios de cabelos
da sua querida amada lua.
Esvoaçam como canduras
deixando para trás toda a inocência de uma noite.
Mas o mistério não ousa desaparecer
e a ternura das ondas permanece
sóbria, cheia de contemplação.
Sem desvanecer a linha do horizonte
a captação da luz é exuberante
e contagiante.
Se há coisas lindas de contemplar
são os raios de sol a nadar.
Cristina Maria Afonso Ivens Duarte
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