PERMITE-ME LISBOA- Ana Barbara Santo Antonio


Floriram os jacarandás da avenida perto do rio
Há trompetes arroxeados pelo chão junto à Torre
Nas pedras da calçada ainda se sente o frio
Do Tejo que para o mar se apressa e corre
Leva das ruas flores em sentidos na sombra luz
Das águas doces tangentes em tonalidade violeta
Um verso e uma guitarra na voz do tímido poeta
Que o fado é prece em jardim da alma e seduz
De dia é ver a cidade na poalha morna e mansa
Da avenida florescida pelos jacarandás roxinhos
E num banco do jardim uma velhinha descansa
Permite-me Lisboa este retrato assim imaginado
Por quanto eu já percorri dos teus lindos caminhos
Da Torre de Belém ao Tejo ainda lembro com agrado

musa

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