As palavras não magoam, nem sequer os ouvidos.
São vazias até no silêncio precedente,
onde a voz seguiu o instinto da inépcia.
Mas a atitude contrai a tolerância,
cada vez mais apertada na cratera
de uma montanha que se recusa
inalterável, a eclodir.
O controle da tolerância está presente,
mesmo quando se espera
por quem nunca soube esperar,
ou uma palavra escutar,
onde o sinónimo de preocupação,
é o querer estar a vigiar.
A atitude se imola assim,
perante as raízes
que a vida lhe querem mostrar.
Raízes de outro século,
que noutras de outros séculos se inspiraram,
para preservarem a tolerância,
ainda que contraida,
mas nunca pela inépcia vencida.
Eduardo Mesquita.
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