...Não uso gaveta para os meus pensamentos,
nem cerca para proteger o meu jardim,
clamo sempre a liberdade dos sonhos que
existem em mim.
Deixo as folhas crescer mesmo no inverno
quando o frio se esquece deste manto branco,
crescem só para mim eu sei,
mas foi assim o sonho que em mim adormeceu,
livre no frio e com o frio cresceu.
Soltam-se assim as minhas memórias,
raízes sem alicerces, crescem no topo do céu,
voltam ao presente cheias de histórias,
profecias da vida que o futuro escolheu.
A minha alma se ajusta aos sorrisos,
se assemelha aos choros felizes
de um filme venturado,
onde as lágrimas aplaudem
um final feliz num romance orquestrado
onde sobressaem os melodiosos violinos.
A paz me inunda assim em suaves hinos,
harpas e oboés complementam com harmonia
esta ária, este momento...esta bela melodia.
Eduardo Mesquita.
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