Quem
diria que, às quatro horas da manhã, numa biblioteca particular de trabalho,
num cantinho do norte de Portugal mais concretamente na aldeia de Venade e
município de Caminha, alguém se ocupasse escrevendo algumas ideias que lhe,
passando pelo pensamento, as gostaria de colocar em prática, partilhando-as
assim com os seus amigos, confrades e leitores?
Pois é
verdade, o deleite de compor pequenas crônicas, leva a estas situações que,
para algumas pessoas até podem considerar um vício, uma dependência ou,
simplesmente, uma forma de voltar a ter sono e regressar para o leito, completando
a noite de descanso assim interrompida.
Na
verdade, escrever é uma atividade complexa porque envolve várias capacidades
humanas, para além das funcionalidades físicas, precisamente, da mão que conduz
a caneta e/ou o teclado de um computador, tentando acompanhar a espontaneidade
e rapidez do pensamento, o que é, praticamente, impossível, assim como
faculdades próprias das pessoas: sensibilidade, princípios, valores,
sentimentos, emoções que o autor tenta levar aos seus leitores, com lealdade,
amizade, solidariedade, gratidão e muita coragem.
Mas, para além destes “pormenores”, que não são
assim tão simples, refletir sobre um tema, organizar, minimamente que seja, o
pensamento para que este produza, lógica e adequadamente, um texto que, por sua
vez, deve respeitar imensas regras ortográficas, sintáticas, éticas, morais e
axiológicas, constitui, na verdade, um trabalho difícil, nem sempre enaltecido
e compreendido.
O esforço mental que a escrita pressupõe, raramente
é valorizado por algumas pessoas, talvez porque os textos escritos implicam,
para a sua compreensão, muita concentração e domínio de um ou outro termo, por
parte dos leitores, alguns dos quais, nem sequer têm disponibilidade para
ocupar um pouco do seu já reduzido tempo livre, na análise dos conteúdos e,
sobre eles, extrair as ilações que julgarem corretas, independentemente de
ficarem, ou não, em sintonia com o pensamento do autor.
A leitura de textos corridos, tal como a reflexão
sobre o teor da mensagem que eles transmitem, afigura-se que estará “fora de moda”, porque quase ninguém tem
tempo para coisa alguma e, nestas circunstâncias, parece tornar-se mais
prático, para tais pessoas, uma linguagem telegráfica, superficial e
pretensamente objetiva, pragmática, do tipo: “um recado no vão da escada”, mas que nem sempre produz os melhores
resultados, considerando-se que esta situação se tem vindo a agravar, por via
do recurso sistemático às mensagens curtas, quase codificadas que, através dos
telemóveis, tanto se usa e abusa.
Nesta difícil
arte, a de escrever e publicar, uma outra preocupação central do autor, tem
sido a de expressar o seu pensamento acerca de muitas das suas próprias
experiências, ao longo da vida, alguns poucos conhecimentos, nunca se eximindo
a manifestar princípios, valores, sentimentos e emoções que, realmente, fazem
parte, tanto quanto se julga saber, da sua própria personalidade, da sua
maneira de estar na vida, da sua solidariedade, amizade e fidelidade para com
um ou outro amigo, sendo certo que as circunstâncias e situações da sociedade
em que vive, também de uma ou outra pessoa, por vezes o possam levar a alguma
incoerência ou mesmo pequenas contradições.
Muito obrigado
pela paciência, compreensão e tolerância na apreciação que tem sido feita ao
trabalho de um desconhecido. Muito Obrigado prezadas/os leitoras/es e, para
finalizar, um pedido para quem deixou de produzir comentários: que retome essa
boa prática, porque isso revela solidariedade, amizade, lealdade, consideração,
estima, carinho e uma grande firmeza em ajudar quem tem na escrita, um imenso
prazer. Muito, e Muito, Obrigado.
Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo
Presidente do Núcleo Acadêmico de Letras e Artes de
Portugal
Comentários