(...)
As rosas da minha mãe
crescem para o céu,
na medida em que as suas mãos
descem no regaço,
esquecendo podas
já sem tempo
nem cansaço.
(Maio 2013)
...
As rosas da minha mãe
sabem ainda o perfume da casa onde nasci
sorriem sempre, ao meu sorriso de saudade e gratidão
perfumam a minha rua, quando passo,
como brisa que volta lá dos lados do Marão
esperam sempre as minhas mãos de Maio -
e não resisto:
subo as escadinhas do quinteiro
pico os dedos por prazer, respiro o seu cheiro
e trago-as comigo
juntinho ao coração.
Água fresca
e a jarra antiga
é tudo o que precisam
para alegrar
a casa onde moro
e que, por milagre das rosas
(de minha mãe)
se transforma em lar-
-doce lar.
Mãe, minha mãe de rosas ❤️
(Maio 2019)
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