Todas as comunicações humanas apresentam
dificuldades que os interlocutores procuram, por vezes, resolver e, outras
vezes, complicam:
a) Um primeiro problema, que se coloca, é que em
todas as comunicações humanas ninguém imagina que há dificuldade quer se esteja
a conversar com uma pessoa, ou com um grupo, porque todos pensam, com demasiada
frequência, que as pessoas não só ouvem o que se diz, mas também entendem,
concordam e agem de acordo com o que ouviram, exatamente da maneira que se
pensa que o deviam fazer;
b) Uma outra dificuldade é que os indivíduos, de
uma maneira geral, não são muito bons ouvintes, realmente a escutar, quando
alguém fala com eles e depois a entender, corretamente, o que ouvem;
c) É importante, e contribui para o êxito
comunicacional, o domínio e compreensão de três técnicas das comunicações: «Audição eficiente; interpretação da
linguagem corporal – a arte de ver o que as outras pessoas estão a pensar;
apresentação eficiente». (LIDSTONE, 1994:16).
É pela fala que se procura afirmar a vontade
individual, os pontos de vista de cada um e a própria autoridade, enquanto que
a audição é, geralmente, considerada uma atitude passiva, e/ou de concordância
e, como refere o adágio: “Quem cala, consente”.
Em geral, as pessoas que são boas a ouvir, tendem a
ser boas a comunicar com eficiência, por exemplo, nos contactos com a
Comunicação Social, é fundamental utilizar-se uma comunicação eficaz,
justamente, através de uma escuta ativa, até porque: «Quando falamos sentimos que controlamos os acontecimentos ou
situações. Todavia, quando falamos, embora possamos satisfazer as nossas
próprias necessidades, não consideramos as necessidades dos outros. Na verdade,
quanto mais falamos menos aprendemos». (Ibid.:18).
A comunicação
eficiente é, por vezes, prejudicada, por situações que, genericamente se
consideram como barreiras à eficácia comunicativa, destas se destacando:
a) A velocidade com que o ser humano fala;
b) Distrações exteriores, tais como: fadiga, desconforto pessoal, ruídos
diversos, demasiado conforto, mensagens indecifráveis;
c) Interpretação e distorção – ambiente cultural e educacional de quem
fala e, na mente do ouvinte, a linguagem pouco precisa de quem a usa, ideias
preconcebidas, suposições sobre o que ouvimos;
d) Barreiras pessoais, desde logo a partir dos próprios preconceitos,
conversas e vocabulário que desinteressa o ouvinte ou provocam neste, irritação
e sentimentos de repulsa;
e) Má audição, por razões de interferência das barreiras enunciadas,
pode provocar graves danos, como por exemplo: erros ortográficos, de construção
e de sentido da frase.
A importância dada ao ouvinte atencioso, significa um grande contributo
para que a comunicação humana seja proveitosa, para os interlocutores envolvidos.
Em certas situações, bem específicas, mais importante do que falar é ouvir,
todavia, nem todas as pessoas têm bem apurada esta faculdade, não no sentido
patológico, antes na perspectiva cultural, educacional e técnica.
Afigura-se, portanto, necessário, indicar algumas
técnicas para uma boa audição, tais como:
a) Domínio completo sobre a atenção consciente e
concentrada no assunto que se está a abordar;
b) Evitar distrações, principalmente, em relação a
outras conversas, barulhos de trânsito, propaganda sugestiva, toques e
conversas telefónicas, no local onde decorre o diálogo;
c) Prestar atenção fisicamente à pessoa que fala,
permanecendo-se de frente para ela, mantendo-se um bom contacto visual;
d) Prestar atenção psicologicamente a quem fala, o
que se está a dizer, procurar ouvir bem o tema central de quem fala, manter um
espírito aberto e não tirar conclusões precipitadas, ignorar o vestuário de
quem fala, a voz, o penteado, o sexo, a etnia e a apresentação, eventualmente
pobre; prestar atenção aos filtros emocionais;
e) O que está e como está a ser dito determinado
tema, atendendo ao modo como a pessoa fala, e transmite as suas ideias,
incluindo os movimentos físicos que faz enquanto fala;
f) O que não está a ser dito, procurando-se ler/entender
o sentido do que está omisso, e descodificar a designada «Agenda Escondida».
Em todo o
caso, não será conveniente uma demasiada concentração naquilo que não se está a
dizer, porque pode provocar reações desfavoráveis. A postura mais adequada será
a audição interativa, através do contacto visual com a pessoa que fala, gestos
corporais que evidenciam interesse e concentração, expressões de encorajamento
para quem fala.
A boa estratégica sugere alguns cuidados a
observar: «Como os nossos hábitos de audição
se desenvolvem mais por acaso do que por treino, muitos de nós somos ouvintes
pouco ou nada eficientes. Encontros bem-sucedidos com a imprensa dependem do
domínio que possuirmos sobre os factos. Quando estivermos a ouvir é preciso:
estar atento fisicamente; estar atento psicologicamente ao que se está a dizer,
à maneira como se diz e ao que não se está a dizer». (Ibid.:25)
Bibliografia
LIDSTONE, J. (1994). Como
Lidar com os Media: Como Gerir as Entrevistas para a Televisão, Rádio e
Imprensa. Tradução, Francisco de Oliveira Faia, Mem Martins: CETOP – Centro de
Ensino Técnico e Profissional à Distância.
Venade/Caminha
– Portugal, 2019
Com o protesto da minha perene GRATIDÃO
Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo
Presidente do Núcleo Académico de Letras
e Artes de Portugal
TÍTULO NOBILIÁRQUICO DE COMENDADOR, condecorado com a
“GRANDE CRUZ DA ORDEM INTERNACIONAL DO MÉRITO DO DESCOBRIDOR DO BRASIL, Pedro
Álvares Cabral” pela Sociedade Brasileira de Heráldica e Humanística http://www.minhodigital.com/news/titulo-nobiliarquico-de
COMENDADOR
das Ciências da Educação, Letras, Cultura e Meio Ambiente Newsmaker – Brasil
TÍTULO
HONORÍFICO DE EMBAIXADOR DA PAZ pelos «serviços prestados à Humanidade, na
Defesa dos Direitos as Mulheres. Argentina»
DOCTOR
HONORIS CAUSA EN LITERATURA” pela Academia Latinoamericana de Literatura
Moderna y la Sociedad Académica de Historiadores Latinoamericanos.
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