Deslumbrada pelo mar!- Irene Coimbra

 Diante do mar,
ali na praia vazia,
deslumbrada por ele,
eu gerava uma poesia.

As ondas furiosas
me batiam em cheio,
como se enciumadas
por estar naquele meio.

Tentava me defender,
virando o corpo para o lado,
mas não adiantava,
em mim batiam dobrado.

Foi num desses momentos
que vi o mar se revoltar
e, atraindo as ondas,
para longe as levar.

Foi grande minha alegria
ao vê-lo fazer assim,
pois pude trazer à luz
a poesia que estava em mim.

Na Antologia Ponto 6 Vírgula n. 15

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