DA MINHA LÍNGUA VÊ-SE O MAR- José Fernando Magalhães


 Da minha Língua vê-se o mar
Assim Virgílio o afirmava,
Reflexo da Alma e da cultura do meu Povo.
Na minha Língua vejo marinheiros zarpar
Levando o rumor que já tardava
Às descobertas do Mundo Novo.
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Bravos navegantes desbravaram Mundo
Levando a Língua mãe a novas paragens
Em frágeis naus, geradas na barra da Foz do Douro,
Combatendo ideias feitas, mares sem fundo
Ondas alterosas, estreitas passagens
E deuses adversos de mau agouro.
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Que bela Língua, e singular
Cada um por sua conta lançava
Com cheiro e sabor novo
Com prosa e verso no ar
Espalhando por terra brava
O Português falado deste Povo.
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São mais de duzentos os milhões, falantes
Desta língua tão bela, apetecível,
Espalhada pelos muitos cantos do Mundo.
Palavras nossas, novas ou de antes
Língua Lusa, encantadora, invencível
Que mudou gentes pelo seu dizer fecundo.
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Dia da Língua Portuguesa e da Cultura na CPLP  (5/Maio/2020)


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