Preservemos, respeitemos e amemos as nossas Mães- Diamantino Bártolo


    A família tem sido, ao longo da História da Humanidade, a base fundamental para a constituição e organização da sociedade, por isso se faz, em algumas circunstâncias, como que uma analogia, no sentido de qualificar o tecido societário, em função das famílias que o integram, ou seja: os princípios, valores e sentimentos, experienciados no seio das famílias, passam para a sociedade, muito embora aqueles, a partir das suas instituições, desde logo a Igreja, a escola, a empresa, os meios de comunicação social, também exerçam forte influência nas famílias.
    É por isso que o papel da Mãe é tão importante, e como cada vez mais se torna necessário que ela esteja bem preparada, para transmitir aos seus filhos, não só os bons exemplos dos valores da: honradez, reputação, dignidade; como também toda uma arquitetura axiológica, compatível com uma cultura fortemente humanista.        Por vezes afirma-se que “quem não é na família, também não o será na sociedade”, significando tal assertiva que: quem não for educado, correto, respeitador e organizado nos seus relacionamentos, esse comportamento poderá ficar a dever-se ao que vive ou experienciou no contexto familiar, não significando que esta situação seja a regra.
    E se o casal – Mãe e Pai – são fundamentais na criação e encaminhamento dos filhos, na preparação para eles enfrentarem os muitos obstáculos que a vida lhes vai colocar, não há dúvida que a Mãe terá, quase sempre, uma grande influência na educação dos filhos, o mesmo é dizer, na construção de uma nova sociedade, mais humana, tolerante, moderadora, justa e segura.
    Para além das muitas outras funções, que a Mulher vem desempenhando: na família, no trabalho, na sociedade, nas instituições, é indispensável que esta dimensão materna a eleve a um nível máximo, porque ela, com todas as suas qualidades, que são imensas, é dotada de uma espécie de sexto sentido, de pressentimentos que, muitas vezes, acabam por se confirmar: para o bem; ou para o mal, ela que tem uma capacidade infinita de amar, de sofrer; ela que é única e insubstituível; ela que é o símbolo da proteção, do amor e da felicidade
    No “Dia da Mãe”, quantos filhos suspiram de saudade, de dor e de sofrimento por já não a terem fisicamente? Quantas Mães, identicamente, vivem em total nostalgia, sofrendo e deplorando a perda de um filho? Esta dimensão, avassaladoramente amorosa de uma Mãe, não é equiparável a nenhuma outra situação, por isso a obrigação moral de todos os filhos, é tudo fazerem para darem o melhor às suas mães.
    É importante comemorar, uma vez por ano o “Dia da Mãe”, dedicar-lhe um pouco de tempo, para com ela partilharmos o nosso amor e ela, igualmente connosco, mas seria muito mais significativo e justo, se dedicássemos às nossas mães trezentos e sessenta e cinco dias todos os anos, sempre com maior empenho, dedicação e apoio ao seu bem-estar.
    Costuma-se dizer que: “Mãe há só uma; mulheres há muitas”, mas neste dia que lhe é consagrado, também devemos ver nela a Mulher que é: filha, irmã, namorada, companheira, esposa, mãe, avó, amante – mais no sentido da mulher que ama verdadeiramente, não no conceito de infidelidade -.
    Ela, a Mãe Querida que pelos seus filhos é capaz de dar a vida, deve ser amada em todos os seus inúmeros papéis, porque antes de ser Mãe: foi, é e será sempre Mulher, com imensas faculdades, as quais coloca ao serviço da família e da construção de uma sociedade e de uma humanidade culta e feliz.
   É claro que a Mãe, tal como o Pai, sejam biológicos, ou adotivos, construindo uma família natural, desempenham e têm papéis relativamente difíceis, nestes tempos conturbados, onde as dificuldades, de vária ordem, impedem, muitas vezes, que a Mãe tenha condições materiais para criar os filhos, como moral, legal e legitimamente eles merecem, e têm direito, mas, ainda assim, ela faz autênticos “milagres”, para que nada lhes falte.
    Hoje, quem tem uma Mãe, pode-se dizer que tem tudo o que de melhor há neste mundo, porque poucas, muito poucas, serão as pessoas que têm as virtudes de uma Mãe, que é capaz de doar, partilhar, arriscar a vida, para ver bem nessa mesma vida e/ou salvar o filho.
    Hoje, como todos os anos neste dia, é o “Dia da Mãe”, daquela Mulher que durante muitos meses carregou, amorosa e cuidadosamente connosco no seu ventre, por vezes sofrendo psicológica e fisicamente, mas, simultaneamente, vivendo feliz, alegre e realizada, porque ser Mãe é o desejo supremo que a maioria das                  Mulheres pretende concretizar. Por tudo isto, preservemos, respeitemos e amemos as nossas Mães porque elas são únicas e infalsificáveis.
    Por tudo o que fica escrito, amar as nossas Mães em vida, ou honrar a sua memória, é um tributo que lhes devemos prestar, hoje e sempre. Mãe Querida, onde quer que estejas, um beijo, com imenso amor, do teu filho. A todas as Mães do mundo, em geral e, particularmente, às Mães Brasileiras, deixo aqui uma palavra de amizade, também de admiração profunda, pela forma como elas enfrentam a vida, quais GUERREIRAS, numa guerra sem fim. Igualmente para todas as mães da Comunidade Lusófona espalhadas pelo mundo. Um Beijinho com muito carinho e respeito, para todas vós.
 

Venade/Caminha – Portugal, 2020
 
Com o protesto da minha perene GRATIDÃO
 
Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo
 
Presidente do Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal
http://nalap.org/
http://nalap.org/Directoria.aspx





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