Nosso encontro no velho bar para um novo caso,
não por acaso, seu velho caso apareceu.
Ela foi me deixando com tanto pouco caso,
que a sua bolsa sobre a mesa ela esqueceu.
Abri a mesma e vasculhei suas maquiagens.
Peguei sua foto e também seu batom.
Sobre meu copo desenhei sua imagem.
Para comprá-lo, o mediador foi o garçom.
Ele é o copo que tem vida virtual por todos os lados,
porque ela me propiciou desenhá-la, e, ao desenhar,
senti a chance de ter um copo com desenho animado.
Obra de arte que só um amor repentino poderia me dar.
Ele é o copo que esquenta e congela bem abaixo de zero.
Se eu acionar um dispositivo, no mesmo momento eu tenho
cerveja gelada na temperatura que eu quero.
E o lado externo aquece para dar vida ao meu desenho.
Terceira maravilha deste maravilhoso cristal,
além de tudo que eu disse, ele é a mini tela
do meu desenho animado com controle digital,
porque eu não vivo ao vivo com ela, mas não vivo ausente dela.
É um amor platônico graças à tecnologia.
Se fosse ao vivo seria melhor, mas mesmo assim ele é bom.
Agora, bom demais, bom mesmo foi a parceria
do mundo tecnológico com a editora do meu coração.
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