Dar-te-ia para sempre o sol, se eu pudesse,
para que os teus sorrisos não ficassem velados,
e que a tua vida para sempre tivesse,
os sonhos com que sonhaste, ora realizados.
Desapareceria a chuva, alegria houvesse,
dunas junto ao mar, campos ensolarados,
helénica viagem que o teu anseio aprouvesse,
e os teus braços ao céu erguerias, aclamados.
E então, na nossa casa, bem ao lado no jardim,
os teus ditosos olhos sorririam para mim,
mostrando o que realmente te faz idear.
Se eu pudesse... para sempre o sol te daria,
e á noite, no alpendre, o meu ledo olhar ocultaria,
uma lágrima, que ora não posso fortunar.
Eduardo Mesquita
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