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Aí vêm pelos caminhos,Descalços, de pés no chão,Os pobres que andam sozinhos,Implorando compaixão.
Vivem sem cama e sem teto,Na fome e na solidão:Pedem um pouco de afeto,Pedem um pouco de pão.
São tímidos? São covardes?Têm pejo? Têm confusão?Parai quando os encontrardes,E dai-lhes a vossa mão!
Guiai-lhe os tristes passos!Dai-lhes, sem hesitação,O apoio do vossos braços,Metade de vosso pão!
Não receieis que, algum dia,Vos assalte a ingratidão:O prêmio está na alegriaQue tereis no coração.
Protegei os desgraçados,Órfãos de toda a afeição:E sereis abençoadosPor um pedaço de pão . . .
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