A moldura molda
o resto da noite.
Há uma casa, uma porta,
uma luz a cruzar a porta
e a moldura da noite.
Pode ser a moldura da morte
a enganar a porta e a noite?
Pode ser só uma luz gasta
nas insônias da porta
que se abre ou fecha
às muitas molduras da rua.
Uma noite, tentei abrir a porta,
quebrar a moldura.
Não avistei chaves, luas ou sábios.
Desisti,
fiquei em frente à porta,
ave-rara renitente.
Fiquei eternamente junto à porta,
na espreita de um poema.
o resto da noite.
Há uma casa, uma porta,
uma luz a cruzar a porta
e a moldura da noite.
Pode ser a moldura da morte
a enganar a porta e a noite?
Pode ser só uma luz gasta
nas insônias da porta
que se abre ou fecha
às muitas molduras da rua.
Uma noite, tentei abrir a porta,
quebrar a moldura.
Não avistei chaves, luas ou sábios.
Desisti,
fiquei em frente à porta,
ave-rara renitente.
Fiquei eternamente junto à porta,
na espreita de um poema.
Na Antologia Ponto & Vírgula n.11
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