Formosura que excedeis
A todas as formosuras,
Sem ferir, que dor, fazeis!
E sem dor desfazeis
O amor das criaturas!
Ó Laço que assim juntais
Dois seres tão diferentes,
Se, atado, em gozos trocais
As dores, as mais pungentes
Ao que não tem que ser, juntais
Com quem é Ser por essência;
Sem acabar, acabais;
Sem ter que amar, amais;
E nos ergueis da indigência.
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