Deus meu, se o amor que me tendes
É como o amor que vos tenho,
Dizei, por que me detenho?
Ou vós, por que vos detendes?
- Alma, que queres de mim?
- Deus meu, não mais do que ver-vos.
- E tu temes? Como assim?
- O que mais temo é perder-vos.
Uma alma em Deus escondida,
Que mais tem que desejar?
Senão sempre amar e amar,
E, no amor toda incendida,
tornar-vos de novo a amar?
Oh! Dai-me, Deus meu, carinho!
Oh! Dai-me amor abrasado,
E eu farei um doce ninho
Onde for do seu agrado.
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