Pó sobre os retratos (não adianta soprar), sépia
minando varandas, jardins intransponíveis.
Espessa é a capa do tempo.
E tu, fantasma extraviado de meu sonho, sempre
me apontas escuro em tua lâmina de vidro.
Branco – com o que há de sombra.
Cinza – com o pó que me mostraste.
A tudo o que contas escuto sem medo, sei:
mal resta aos que já não são
esmolar chances do que já não podem
– e não me ocorre nenhuma outra palavra,
filho.
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