Doem-me as palavras que dançam ao vento
Que calam o amor no frio da madrugada
Palavras caídas em solo barrento
Qual chuva abundante em terra já molhada
Quando cai se esvai sem pesar ou lamento
E nela caindo assim determinada
A dessenta e lava esquecendo o tormento
De transpor as sombras, de cair calada
Doem-me as palavras que o vento consome
Palavras com lágrimas com alma e fome
Que bebem o grito e ficam por dizer
Doem-me as palavras, todas as palavras
Ditas ou perdidas em nefastas lavras
Palavras nascidas, prontas a morrer
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Abraço