Grito! Grito o silêncio e ignoro o eco
que vai ressoando de tanta indif’rença.
Nas sombras da vida meus medos disseco
e deito num verso a minha descrença
Passa por mim um vento frio e agreste
soprando o vazio num uivo funesto...
destroça-me as asas se assanha e investe
levando, com ele, meus sonhos... de arresto!
Plano entre luas de mentira e verdade,
(galáxia de mim em delírio inventada)...
e pouso, depois, entre tempo e saudade
como ave ferida, do bando afastada
Olhos doridos espreito a multidão
procurando, entre os homens, paz, igualdade...
palavras de amor, de conforto e perdão...
de sorrisos abertos de f’licidade
E pasmo! E fujo!
Absorvo, da noite, os sons da desilusão
e emprenho um poema com estrofes de...nada!
(27/03/14)
Comentários