Há sempre…algo- Telma Estêvão


 Há sempre uma memória…onde tropeço…
Uma curva no poente… com estilhaços de sol
Um aroma… deixado pelo luar
Um olhar que magnetiza
Que fica … gravado no infinito
Que vem e vai… que chora e sangra
Que se desnuda e se despede.

Há sempre um sonho… lapidado
Que se esgueira e desliza
Na ternura
Dos seus toques de verão 
Com sabor a Primavera.

Há sempre uma boca rubra
E uma quimera… carbonizada
Que ao despertar
É lembrada com saudade.

Há sempre um amor
Que mesmo próximo, parece distante
Que molda e penetra
Que perdura e ondula na alma.

Há sempre um rosto, eternizado
Que verte e sulca um sorriso
Uma silhueta, na horizontal…
Há sempre…
Uma linha, de encantamento
Um pensamento íntimo
Uma poesia abstracta
Um puzzle de emoções, com contornos vivos
Desenhando carícias, com todos os tons.

Há sempre alguém…inebriando 
Pairando e pousando, na minha vida!


Comentários